{ Por Gi Salmazi }
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15 de julho de 2015

O dilema de ser mãe e profissional...a volta da licença maternidade.

Oiii meninas tudo bem por aí? O blog fala de moda e dicas de beleza, mas também é um blog pessoal, um espaço que sempre usei para dividir um pouco da minha vida, das minhas emoções, tristezas e alegrias... no ano passado me tornei mãe do Daniel, surgiu uma nova mulher, com um novo olhar para o mundo e, veio a vontade de escrever um pouco mais sobre o universo materno.

Não tenho a pretensão de transformar o Ouse em um blog materno, cheio de dicas e opiniões sobre assuntos banais, importantes ou até polêmicos, só quero adequar o Ouse a esse meu novo mundo, um mundo tão mais leve e feliz, mas também tão mais pesado e cheio de responsabilidades.

Continuo sendo a mulher vaidosa e profissional, amando me arrumar, testar produtos de beleza, de dar meus pitacos de moda e estilo, de compor e mostrar os meus looks exercendo minha paixão pela moda, mas aqui dentro também tem uma nova vontade, uma vontade de dividir minhas alegrias, medos e dúvidas maternas, mas do meu jeito, sem julgamentos, de uma forma leve e por que não com um toque de ousadia? Afinal ser mãe de verdade e do seu jeito, requer muita ousadia...

E hoje vou falar um pouquinho de um assunto que com certeza gera muita ansiedade, dúvida e medo na mulher profissional que se torna mãe...a volta da licença maternidade!




Independente da forma como engravidamos, se planejamos ou não, se estávamos prontas ou não, a chegada do filho transforma nossa rotina, antes éramos donas do nosso tempo, no máximo dividíamos ele com o trabalho, marido, família e amigos, com a chegada do filho, descobrimos que temos uma "pessoinha" tão pequena, frágil e muito dependente do nosso tempo!

Nos primeiros meses nos entregamos de forma integral e visceral para esse pequeno, descobrimos pelo jeito de chorar, de dormir, de acordar se está na hora de mamar, de ninar, de fazer carinho, de trocar a fralda, enfim descobrimos um novo mundo, para algumas isso é feito de forma leve, existem bebês tranquilos, que mamam direitinho, dormem boas horas de sono, choram pouco, não tem cólicas, não tem refluxo, o Daniel foi assim e, mesmo assim foram meses cansativos, meses em que mal tirei o pijama, meses que acordava cedinho, mas voltava a dormir com as sonecas dele e, só acordava na hora do almoço, meses que não cheguei perto de um salão de beleza, de lojas de shopping, meses em que eu queria ser apenas mãe do Daniel...

Não tive babá, mas tive muita ajuda do meu marido, da minha mãe, da minha sogra e de minhas irmãs, mas delegava pouco, queria fazer tudo sozinha, banho, alimentar, trocar a fralda, escolher a roupa, ninar, até os 6 meses dormi no quarto dele e acordava sempre para ver se ele estava bem! Pensava...poxa demorei tanto para ser mãe, que agora tenho que ser a melhor!

Minha licença maternidade durou quase 7 meses e eu realmente dei um tempo de tudo, me afastei do trabalho, não queria saber de processos, e-mails, problemas para resolver que não fossem relacionados ao Daniel, como ele nasceu prematuro e no inverno eu até evitava sair com ele, acabei me isolando um pouco do mundo, brinco que até "emburreci" sempre pensei rápido, vivia acelerada e não tinha mais esse pique, demorava para achar uma solução simples, eu só queria saber do mundo da maternidade!

Só de pensar em voltar ao trabalho eu começava a chorar, tinha todas as condições favoráveis, meus horários são flexíveis, trabalho perto de casa, não ficaria horas parada no trânsito, minha sogra tinha disponibilidade de cuidar do Daniel de forma integral e ela foi professora, é muito sensata, carinhosa, ou seja a melhor babá do mundo! Mas lá no fundo a culpa que sentia de deixar meu filho em casa, era enorme, um medo absurdo de não acompanhar mais a rotina dele o dia todo, de perder as conquistas, os sorrisos e até os chorinhos...

Mas percebi que estava ficando cada dia mais nervosa, mais irritada, mais isolada do marido, da família e dos amigos, comecei a achar que era a única "dona" do Daniel, percebi que não estava sendo a mãe amorosa e, sim a mãe controladora, ansiosa e, que não era essa mãe que o Daniel merecia! Respirei fundo, voltei ao trabalho, aos poucos minha ansiedade para saber o que ele tinha feito em cada minuto, cada hora foi diminuindo, comecei a chegar em casa e acordar muito mais disponível de uma forma bacana para meu filho, eu continuava com todos os cuidados e amor que ele precisava e ao mesmo tempo estava cuidando de mim!



Aos poucos ele se tornou mais independente e esperto, hoje com 1 ano e quase 3 meses, tem muito amor e carinho o dia todo, meu, do meu marido, da vovó, conseguimos estabelecer uma rotina em que todos educam e brincam com o Daniel, sem stress, sem cansaço, de uma maneira saudável e cheia de amor encontramos o nosso caminho, o nosso ideal de família é assim ...mãe, pai e vovó unidos para darmos o melhor para o nosso filho e estamos conseguindo cumprir essa jornada!

Eu ainda não consegui a voltar a fazer tudo o que gostava, não consigo sair com as amigas, dar uma volta tranquila no shopping, faço sempre tudo correndo e de olho no relógio,  preciso voltar a malhar, ando com dores nas costas, com olheiras fundas, tem sempre um cansaço que bate no final do dia que impede a dieta (só dá vontade de comer coisas gostosas kkk), não sou mais dona do meu tempo, nas horas vagas só quero cuidar do Daniel, me dedicar a formação desse pequeno, dar amor e carinho, mas sou muito feliz com essa nova rotina de vida!

Então voltar ao trabalho me fez muito bem, me tornou uma mãe mais paciente e disponível, pois antes não era dona-de-casa, sempre fui profissional, sempre trabalhei e estudei muito e, aos poucos tento adequar essas mulheres que existem dentro de mim...aos poucos tento ser mãe, sem perder a minha identidade, pois sei que assim o meu filho terá a melhor mãe do mundo!

Fica aqui meu respeito e minha admiração por quem consegue se dedicar de forma integral ao filho, de quem tem o dom de cuidar da casa, cozinhar, de ser 1001 em um só dia e, que muitas vezes não tem o reconhecimento que merece, minha mãe foi assim, foi a melhor de todas dentro do seu mundo e, na minha opinião...quer ser uma boa mãe? Olhe para você, faça suas escolhas dentro das suas possibilidades, nunca acertaremos sempre, mas sempre seremos boas mães para os nossos filhos se estivermos bem e felizes! 




Ouse Ser Quem Você É
Gi Salmazi





6 comentários:

  1. Como te disse um dia, aos poucos a gente vai descobrindo a mãe que somos. Hoje estou na fase do ninho vazio, sinto falta dos filhos, do barulho, do excesso de trabalho que tinha e do tempo bom que voa. Aproveite cada segundo, seja a mãe que é, pois esta dando certo, seu Daniel é rascunho de Deus de tao lindo e bonzinho que parece ser, ando um pouco afastada da net, não comento, mas sempre passo pra dar uma olhadinha hahahah grande abraço pra vcs, um doce beijo para seu lindo Daniel ♥

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  2. *Eu choro cada vez que venho aqui.
    *Sou sua fã, admiradora e gosto de suas narrativas, do seu estilo de vida, vc se sai bem, merece suas conquistas, correu muito atrás de tudo, curta cada momento das 1001 facetas de mulher que vc tem.
    *Na próxima conte como foi a mudança com o casal pós nascimento do pequeno.
    *Bjs. Fiquem com DEUS.

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  3. Oi Gi! Tb sou mãe de um bebê de 1 e 6 meses.....acredito q o 2º momento mais dificil depois da amamentação frustada, foi voltar ao trabalho, mesmo porque não tiver opção, ele foi para a escolinha ao 06 meses...chorei mto e até hoje choro, a culpa é algo terrível que me assombra sempre! Mas com certeza a melhor coisa q fiz, foi voltar.....estava com saudade de mim....acho q me entende....Tdo de bom pra vcs! Bete

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  4. me emocionei a cada palavra e a cada linha escrita. imagino que seja uma balança, difícil de se equilibrar e tb que te impulsiona para o melhor para ambos.
    linda sempre, por dentro, como mãe, como profissional, como amante da moda e de tudo o q nós mulheres gostamos.
    felicidades sempre e a cada dia, uma luta constante, dentro e fora da "gente"
    beijos de londrina, lembro de ter dito q é de ibiporã

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  5. Gi querida, se vc deixar vou repostar esse post.
    Faço suas as minhas palavras!!!
    Nos acabamos exigindo demais de nos mesmas, mas as vezes extrapolamos o nosso limite. Fico feliz que vc (assim como eu!!) enxergou que não estava dando conta, e pediu ajuda, dividiu. No final, aprendi como vc, que a melhor mae e a que tem tempo de qualidade, carinho e paciência sobrando. Porque nossos pequenos serão frutos do nosso exemplo, serão espelhos do que mostramos. Então nada como oferecer momentos alegres, carinho e sermos pessoas felizes e bem resolvidas.
    Cada mulher, cada mae, tem uma realidade, e nem todas podem contar com a baba, ou com a sogra, ou com a opção de não voltar a trabalhar. Mas todas devem encontrar em si a sua essencia, para que possamos educar com amor e bons exemplos esses anjinhos a quem chamamos de filhos.
    Um beijo imenso! Ah, e lindaaaaaaas as fotos!!

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  6. Parabéns Gi, gosto de mulheres reais como vc, é sofrido voltar a trabalhar (no meu caso não teve mto drama, mas de qualquer forma não é fácil) mas acho mto válido voltar a ter a nossa própria identidade, eu não daria conta de ser mãe em tempo integral, mas admiro as mães que assim o fazem!! Com certeza o melhor é estarmos felizes pra criarmos nossos filhotes!!!
    Bjnhos

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Oiii seja bem vinda ao OUSE!!
Deixe seu comentário, seu carinho, sua opinião, só não vale xingar ou ser mal-educado!O OUSE não publica grosserias!
Eu leio, aprovo, publico e respondo por aqui mesmo e sempre que posso corro para seu blog!
Se tiver alguma dúvida ou sugestão pode mandar um e-mail gislaine.salmazi@uol.com.br
bjs e tudo de bom sempre!

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